Inflação para famílias de baixa renda acumula alta de 6,63% em 12 meses, aponta FGV

inflação baixa renda 04_09_20O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) – que mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos – subiu 0,82% em março e acumula alta de 6,63% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados nesta terça-feira (6) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

Já o IPC-Br, que mede a variação de preços para famílias com renda de 1 a 33 salários mínimos mensais, registrou inflação de 1% em março. Em 12 meses, a taxa do indicador ficou em 6,10%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.

 

De acordo com a FGV, 5 oito classes de despesa componentes do índice de inflação da baixa renda registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (2,18% para 3,52%), Habitação (0,17% para 0,80%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,09% para 0,52%), Comunicação (-0,12% para -0,01%) e Despesas Diversas (0,26% para 0,30%).

 

“Vale destacar o comportamento dos itens: gasolina (6,98% para 10,90%), tarifa de eletricidade residencial (-0,78% para 0,61%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,02% para 0,88%), mensalidade para internet (-0,87% para -0,25%) e cigarros (0,23% para 1,06%)”, salientou a FGV.

 

Maiores pressões em março para as famílias mais pobres:

  • Gasolina: 10,9%
  • Gás de bujão: 4,07%
  • Etanol: 17,11%
  • Aluguel residencial 1,04%
  • Tarifa de eletricidade: 0,61%

 

Por outro lado, houve queda nos preços dos grupos Educação, Leitura e Recreação (0,05% para -0,12%), Alimentação (-0,04% para -0,09%) e Vestuário (0,09% para 0,02%).

 

A principal diferença entre o IPC-C1 e o IPC-Br está na ponderação da cesta de produtos e serviços para chegar ao indicador final. Para famílias mais pobres, por exemplo, alimentação costuma ter maior relevância e educação particular, menor, dentro do total de despesas.