Muitos brasileiros abriram mão de comprar roupas e sapatos durante a pandemia. A situação já era percebida por muitos adeptos do home office que, sem precisar sair de casa, deixaram de consumir esses produtos. Agora, é confirmada por uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quarta-feira (28).
Conforme a pesquisa, 40% dos entrevistados reduziram a compra de calçados e apenas 11% aumentaram, e 43% compraram menos roupas, contra 13% que compraram mais.
O levantamento também aponta que esses setores podem começar a se recuperar em breve, visto que 33% disseram que devem comprar mais roupas e 29%, mais calçados, em até três meses. Outros 20% afirmaram que planejam comprar mais em até seis meses e 14%, em até um ano.
Outros produtos não estão nos planos de consumo da maior parte dos entrevistados. O desejo de adquirir uma motocicleta não é vislumbrado por 79% das pessoas, enquanto a compra de um carro não entra na lista de 63% dos ouvidos. Já o consumo de geladeira e fogão não é cogitado por 59% das pessoas.
Produtos de limpeza e remédios em alta
Do outro lado, alguns setores acabaram sendo favorecidos pela pandemia. É o caso dos produtos de limpeza, que despontam com alta nas compras por 62% dos entrevistados. A fatia já chegou a 68% em maio do ano passado.
As compras de alimentos no supermercado cresceram para 55% dos entrevistados, enquanto os remédios foram mais adquiridos por 54% dos ouvidos. Produtos de higiene pessoal, como sabonete, xampu e pasta de dente também tiveram mais saída para 49% dos pesquisados.
Os serviços de streaming, como Netflix e Spotify, aparecem com crescimento no consumo para 41% das pessoas, enquanto a aquisição de alimentos prontos aumentou para 39%.