O Banco Central informou nesta quarta-feira (6) que os saques nas cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 7,719 bilhões em setembro.
No mês, os depósitos somaram R$ 282,876 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 290,596 bilhões.
É o segundo mês seguido em que os saques superam os depósitos da poupança após um ciclo de quatro meses em que ocorreu o contrário. Em agosto, houve retirada líquida de R$ 5,467 bilhões da poupança. De abril a julho, os depósitos vinham superando os saques.
Setembro foi o quinto mês de 2021 em que os saques superaram os depósitos na poupança. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, os brasileiros também haviam retirado recursos da caderneta.
De janeiro a setembro, também foi registrada uma saída líquida de recursos. Nesse período, os saques superaram os depósitos em R$ 23,349 bilhões, de acordo com o BC.
Volume total
Com a saída líquida de recursos da poupança em setembro, o estoque dos valores depositados – ou seja, o volume total aplicado nessa modalidade – teve queda no mês.
Em dezembro de 2020, o saldo da poupança estava em R$ 1,035 trilhão, passando para R$ 1,036 trilhão em agosto deste ano e, agora, caiu para R$ 1,031 trilhão em setembro.
Além dos depósitos e dos saques, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque da poupança. Em setembro deste ano, os rendimentos somaram R$ 3,084 bilhões.
Rendimento da poupança
Como a taxa Selic é de 6,25% ao ano, o rendimento da poupança hoje está em 4,375% anuais. Ao percentual deve se somar a taxa referencial, que está zerada e não altera a taxa de remuneração.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic + Taxa Referencial, calculada pelo BC.
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