O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022, comparado ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2022, o PIB cresceu 2,6%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No ano, o PIB acumula alta de 2,5%.
O maior crescimento foi da Indústria (2,2%), seguida pelos Serviços, que avançaram 1,3%, e a Agropecuária, que expandiu 0,5%.
O crescimento na Indústria se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na Construção, de 2,2% nas Indústrias Extrativas e 1,7% nas Indústrias de Transformação.
Nos Serviços, apresentaram resultados positivos: Outras atividades de serviços (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (3,0%), Informação e comunicação (2,9%), Comércio (1,7%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,4%) e Atividades imobiliárias (0,3%). Houve queda em Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,8%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (4,8%) e a Despesa de Consumo das Famílias (2,6%) cresceram em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a Despesa de Consumo do Governo caiu (-0,9%) nessa mesma base de comparação.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 2,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
Principais destaques do PIB do 2º trimestre:
- Serviços: 1,3%;
- Indústria: 2,2%;
- Agropecuária: 0,5%;
- Consumo das famílias: 2,6%;
- Consumo do governo: -0,9%;
- Investimentos: 4,8%;
- Exportações: -2,5%;
- Importação: 7,6%.
Perspectivas
O bom resultado do 2º trimestre e indicadores antecedentes positivos nos últimos meses têm levado a uma revisão para cima das projeções para o crescimento da economia em 2022. Analistas apontam para um avanço do PIB de 2,1% no ano, enquanto o governo estima uma alta de 2%.
Por outro lado, parte das previsões para 2023 têm sido revistas para baixo, com algumas casas apontando até mesmo para o risco de retração, em meio à inflação persistente, juros em alta, temores de recessão global e incertezas relacionadas à corrida eleitoral no Brasil.
Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a estimativa do mercado é de uma alta de apenas 0,37% no PIB do próximo ano.
Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, após o tombo de 3,9% em 2020.
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