A produção industrial brasileira caiu 0,6 % na passagem de julho para agosto. Trata-se do pior resultado para o oitavo mês do ano desde 2018, quando recuou 0,9%. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com agosto de 2021, houve crescimento de 2,8%. No ano, a indústria acumula queda de 1,3% e, em 12 meses, de 2,7%.
O resultado de agosto, que elimina o avanço de 0,6% registrado em julho, mantém o setor distante do patamar pré-pandemia, operando 1,5% abaixo do que se encontrava em fevereiro de 2020, e ainda mais longe do pico da produção, alcançado em maio de 2011 – está 17,9% abaixo deste marco.
Apesar disso, o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, avalia que há melhora no ritmo da produção industrial brasileira em 2022. Segundo ele, isso é expresso “na maior frequência de resultados positivos ao longo do ano”, já que nos primeiros oito meses foram registradas cinco taxas positivas.
“Nesse mês, volta a marcar queda na produção, mas com a característica de ser um recuo concentrado em poucas atividades, uma vez que somente oito das 26 apontaram taxas negativas.”, destacou Macedo.
O resultado acumulado em 12 meses mostra que, a despeito da taxa mensal negativa de agosto, houve ganho de fôlego na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores, revertendo a trajetória de queda do indicador.