As pessoas em situação de rua é um problema social complexo e preocupante no Brasil. Estima-se que 281 mil pessoas no Brasil vivam nas ruas em condições precárias e enfrentando uma série de riscos, incluindo fome, violência, doenças e falta de acesso a serviços básicos de saúde e saneamento. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O levantamento aponta que houve um aumento de 38% das pessoas em situação de rua no país depois da pandemia de Covid-19. A falta de políticas públicas efetivas para lidar com essa população, bem como a falta de recursos financeiros e de infraestrutura adequados, são os grandes desafios do Brasil para lidar com a população em situação de rua.
O estudo do Ipea mostra que a população de rua está crescendo muito mais do que a população em geral. No período de dez anos, de 2012 a 2022, a taxa de crescimento desse grupo vulnerável é de 211%. A população do Brasil cresceu 11% entre 2011 e 2021, segundo dados do IBGE.
Região Sudeste concentra maior número de pessoas em situação de rua
O Sudeste abriga mais da metade da população de rua do país: 151 mil. Em seguida vem o Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. A pesquisa destacou a região Norte com a menor taxa de pessoas em situação de rua do país, mas que, por outro lado, mais do que duplicou de 2019 para 2022, o número de pessoas a viver na rua a passar de 8 mil para mais de 18 mil na região.
Existem várias razões que contribuem para o aumento da população de rua no Brasil, principalmente no Sudeste. Algumas dessas causas incluem:
- Falta de moradia: Muitas pessoas são forçadas a viver nas ruas devido à falta de recursos financeiros para pagar por uma casa ou apartamento.
- Instabilidade econômica: O aumento do desemprego e da precariedade no mercado de trabalho pode levar a uma situação de vulnerabilidade econômica, colocando pessoas em situação de rua.
- Violência: Muitas pessoas são forçadas a viver nas ruas devido a ameaças de violência ou abuso em suas próprias casas.
- Problemas de saúde mental: Muitas pessoas que vivem nas ruas no sudeste do Brasil sofrem de problemas de saúde mental, como transtornos de ansiedade e depressão, que pode impedir que consigam uma renda.
- Falta de políticas públicas eficientes, incluindo a falta de programas de ajuda para moradia, saúde e emprego.
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