Os brasileiros gastaram em viagens internacionais US$ 1,272 bilhão em agosto, contra US$ 1,051 bilhão no mesmo mês de 2022, segundo o Banco Central (BC).
Já os estrangeiros que estiveram no país deixaram US$ 657 milhões, contra US$ 431 milhões em agosto do calendário anterior, o equivalente a aproximadamente R$ 3,2 bilhões. Este montante representa o maior registro para este mês em um período de 28 anos.
Assim, houve déficit na conta de viagens de US$ 615 milhões no oitavo mês de 2023, contra US$ 620 milhões um ano antes.
De janeiro a agosto, as despesas em viagens internacionais atingiram US$ 9,74 bilhões, o maior valor desde 2019. Subiram 20,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Já os gastos de estrangeiros no Brasil totalizaram, no mesmo período, US$ 4,4 bilhões, o que representa o total de R$ 22,1 bilhões. Esse número supera em 7,5% o valor registrado no mesmo período de 2019, pré-pandemia, que foi de US$ 4,1 bilhões, e é 38% maior do que os primeiros oito meses de 2022, quando somaram US$ 3,2 bilhões.
O BC calcula déficit de viagens de US$ 11 bilhões para 2023, conforme divulgado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Os dados mostram que agosto teve o maior gasto em viagens ao exterior desde 2019. O turismo foi impactado nos últimos anos pela pandemia de covid-19, que restringiu o fluxo de pessoas no mundo. A cotação do dólar maior também influenciou na redução de gastos no exterior.
O turismo internacional em 2023 está quebrando recordes, e os números confirmam a expectativa de recuperação do setor para este ano. Além do aumento das receitas, o número de estrangeiros que visitaram o país este ano já é 111% maior do que em 2022, com mais de quatro milhões de turistas internacionais chegando ao Brasil de janeiro a agosto.
Os argentinos (1,4 milhão), estadunidenses (436,5 mil) e paraguaios (289,7 mil) são as três principais nacionalidades que visitaram o Brasil de janeiro a agosto deste ano. Os estados brasileiros que receberam o maior número de viajantes internacionais foram São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.