IGP-M, a ‘inflação do aluguel’, surpreende e sobe 0,74% em dezembro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de dezembro registrou alta de 0,74% no mês, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). O indicador, conhecido como “inflação do aluguel”, surpreendeu negativamente ao subir mais do que o esperado.

 

No ano, porém, o indicador acumula queda de 3,18%.  Em dezembro de 2022, o índice tinha registrado uma alta de 0,45% e acumulava uma alta de 5,45% nos 12 meses anteriores.

 

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência

 

O IGP-M é composto por outros três índices, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso 6, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), peso 3 e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), peso 1.

 

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), registrou um aumento de 0,97% em dezembro, superior a alta ocorrida em novembro, de 0,71%.

 

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), variou 0,14% em dezembro, após subir 0,42% em novembro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação passou de 2,05% para 0,65%.

 

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), apresentou uma variação de 0,26%. Isso representa um avanço em comparação com a taxa de 0,10% registrada em novembro.

 

Acumulado no ano

Em 2023, o IGP-M registrou queda de 3,18%. Considerando o período de janeiro a dezembro, esta foi a menor taxa registrada pelo índice desde o início de sua série histórica.

 

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), índice que exerce a maior influência sobre o IGP-M, também registrou a menor taxa de variação de sua série histórica para os doze meses findos em dezembro, -5,60%.

 

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou 2023 com alta de 3,40%. No âmbito do consumidor, as maiores influências partiram dos itens: gasolina (11,08%), plano de saúde (10,36%) e aluguel residencial (7,15%)”, afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) fechou o ano com alta acumulada em 12 meses em 2023 de 3,32%.