Você gostaria de saber quando vai morrer? A ciência está muito próxima de prever a data da sua morte

O medo da morte nos impede de viver plenamente. Mas e se pudéssemos saber quando iremos morrer? Como viveríamos?

 

Ao analisar dados das vidas de 6 milhões de pessoas, uma equipa de cientistas da Technical University of Denmark (DTU) conseguiu criar um modelo de previsão da morte (life2vec). O estudo foi publicado a semana passada na revista Nature Computational Science.

 

Com uso de modelos de linguagem, como os que alimentam o ChatGPT ou o Bard, a equipe apoiou-se nos registros nacionais dinamarqueses que contêm dados relativos a trabalho e saúde de todos os cidadãos.

 

Foram analisados centenas de indicadores como salários, benefícios sociais, cargos profissionais, formação escolar, e visitas e diagnósticos hospitalares.

 

O algoritmo foi contrastado com os dados oficiais de falecimentos até 2020. Ou seja, foram criadas históricos individuais com milhares de dados a partir dos quais foi possível identificar padrões.

 

O modelo conseguiu prever a morte de indivíduos com uma previsão de 78%. Os erros (22%) foram sobretudo causados por acidentes inesperados, homicídios ou ataques cardíacos, que são difíceis de modelar. Conseguiu apontar também os fatores que influenciam uma morte prematura, como ter baixa renda, ter um diagnóstico de saúde mental e ser do sexo masculino.

 

O nível de acerto foi muito superior aos modelos já usados reservadamente pelas companhias de seguro para estimar a probabilidade da morte dos segurados e calcular o valor de uma apólice.