O cheque está cada vez mais em desuso no país. O número de operações realizadas caiu pelo 23º ano consecutivo. A redução foi de 95% desde 1995. Os dados são da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
A federação registrou que 168,6 milhões de cheques foram compensados no ano passado, uma queda de 17% em relação a 2022. Na comparação com 1995 – o início da série histórica – caiu 95%. Naquele ano, foram compensados 3,3 bilhões de documentos.
A Febraban usa como base de dados as estatísticas do Compe (Serviço de Compensação de Cheques). A última vez que houve aumento no uso de cheques foi em 2000, quando o país registrou crescimento de 1,33%.
Em 2023, a queda foi a mais acentuada desde 2021. Recuou de 202,8 milhões para 168,7 milhões, o que representa um recuo de 16,8%.
O volume financeiro dos cheques também reduziu em 2023. Somou R$ 610,2 bilhões, com queda de 8,5% em relação a 2022. O pico histórico foi em 1995, com R$ 2 trilhões.
Apesar na diminuição no volume de transações, o valor médio dos cheques compensados aumentou. Subiu de R$ 3.257,88 em 2022 para R$ 3.617,60. O cheque continua sendo a escolha dos brasileiros para as transações de maior valor.
No ano passado, foram devolvidos 18 milhões de cheques, o que representou 10,67% no total de cheques compensados no país, e uma queda de 7,9% na comparação com 2022, quando foram devolvidos 19,5 milhões de documentos. Os cheques podem ser devolvidos por motivos como não terem fundos, por irregularidades ou erro de preenchimento.