O Ministério da Fazenda deve bater o martelo nos próximos dias sobre a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A expectativa é de que o salário extra seja pago em duas parcelas, em maio e em junho, como ocorreu em 2023.
Os mais de 39 milhões de segurados devem receber cerca de R$ 76 bilhões, o que, na visão do governo, pode dar um gás na economia. Essa, por sinal, é a principal justificativa da equipe da Fazenda para antecipar o 13º, já que as perspectivas são de desaceleração da atividade ao longo do ano.
A Fazenda, com a ajuda do Ministério da Previdência, está fazendo os cálculos sobre a antecipação do 13º, uma vez que o controle do caixa pelo Tesouro Nacional neste ano está apertadíssimo, diante do compromisso do governo de zerar o déficit das contas públicas. Mas o pagamento antecipado do salário extra aos segurados é um compromisso do presidente Lula.
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, afirma que o órgão está pronto para pagar, antecipadamente, as duas parcelas do 13º salário de aposentados e pensionistas da Previdência.
“Caso o governo federal decida antecipar o 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios, o INSS operacionaliza rapidamente o sistema”, diz Stefanutto. A expectativa é de que o salário extra seja quitado em maio e em junho.
Para aposentados e pensionistas, a antecipação do 13º é um alívio, pois muitos começaram o ano no aperto, inclusive com dívidas em atraso. Boa parte dos segurados do INSS é arrimo de família, ou seja, a principal fonte de renda da casa.
Essa realidade é muito evidente no Nordeste. Tanto que a primeira semana do mês, quando são pagos dos benefícios do INSS, é chamada de semana dos aposentados. No mesmo dia em que eles recebem, vão às compras de gêneros de primeira necessidade.