Algumas boas práticas de proteção para a população são incentivadas para aumentar a segurança, como desconfiar de qualquer ligação que peça informações pessoais ou bancárias.
Verificar a autenticidade de mensagens e ligações, seja por WhatsApp, email ou redes sociais, que prometem grandes negócios ou que tenham caráter de urgência, também devem virar rotina na vida do cidadão.
Erros ortográficos ou endereços diferentes dos canais oficiais são indicativos comuns de fraude. Além disso, não é recomendado baixar aplicativos de fora das lojas oficiais da Apple e do Android.
Veja os golpes bancários mais comuns
Para se prevenir do risco de ser clonado na internet é recomendado restringir a circulação de imagens e áudios de si. Uma opção é tornar a conta privada e limitar a visualização de posts a amigos. A outra é evitar publicar informações sensíveis. Veja mais dicas para aumentar a sua segurança:
- Não digite ou comunique suas senhas em qualquer circunstância que não o aplicativo oficial do banco;
- Ative a geolocalização dos aplicativos de bancos e de entregas e do próprio celular;
- Ative a autenticação de dois fatores no WhatsApp;
- Faça o máximo de transações de casa, de preferência conectado ao wifi do domicílio;
- Baixe os apps de bancos apenas diretamente da Play Store ou da Apple Store;
- Não clique em links enviados como se fossem do banco;
- Reduza os limites de transações quando estiver fora de casa e em horários inusitados;
- Tenha diligência na escolha do banco;
- Não permita que contatos não adicionados vejam sua foto no WhatsApp;
- Evite usar fotos de rosto em redes sociais abertas, como no perfil de WhatsApp;
- Comunique-se com o banco apenas via canais oficiais.
Alguns clientes do Nubank foram às redes sociais, no ano passado, relatar tentativas de golpes a partir de ligações telefônicas, em que o identificador de chamadas mostrava o número oficial da empresa.
Os telefonemas eram feitos de outras linhas que não as da instituição. Os cibercriminosos, nesses casos, usam máscaras para adulterar o número apresentado pelo identificador.
Além disso, alguns golpes são aplicados por meios de vírus, como o que é usado no golpe que ficou conhecido como “mão fantasma”.
Mas também existem outras práticas para ficar atento como:
Golpe do Pix
Outro golpe comum neste ano desvia o dinheiro do Pix pelo celular quando o cliente vai realizar uma transferência bancária. Esse vírus já fez mais de 6.300 vítimas no Brasil desde janeiro deste ano, segundo dados da Kaspersky, empresa de segurança online.
A ação dos golpistas ocorre por meio do sistema ATS (sigla em inglês para automated transfer system), após o consumidor baixar algum aplicativo que esteja infectado com o trojan, um tipo de vírus também conhecido como cavalo de Troia.
Os cibercriminosos entram no celular da vítima quando ela baixa algum aplicativo infectado ou clica em links duvidosos. Apps de jogos, por exemplo, estão entre os que foram identificados como vetores do novo vírus que faz a transferência do valor do Pix do cliente.
Roubo de identidade no Instagram com inteligência artificial
Estelionatários, depois de invadir contas em redes sociais, usam inteligência artificial (IA) para clonar traços e voz da vítima e publicar vídeos falsos a fim de aplicar novos golpes.
Os criminosos usam como isca investimentos com retornos financeiros incríveis ou venda de móveis a preços impraticáveis e certificam a oferta com a credibilidade da pessoa, cujo perfil fora roubado.
Essa tecnologia ficou conhecida nos últimos anos como deepfake e está mais acessível a cada dia com a popularização de IAs generativas, aquelas como o ChatGPT. Hoje, bastam cinco minutos de áudio para copiar uma voz com qualidade aceitável.
Sites, emails e mensagens falsas
O golpe mais comum no Brasil é também o mais simples: sites e mensagens falsas que induzem a vítima a fazer pagamentos a criminosos. Essa prática é chamada de phishing, em referência ao verbo pescar em inglês, já que há o uso de uma isca.
Os criminosos usam assuntos do momento como o Bolsa Família, o programa de refinanciamento de dívidas Desenrola Brasil, Imposto de Renda ou oportunidades de emprego, a exemplo do Concurso Nacional Unificado que o governo irá realizar.
Mesmo que a pessoa não faça uma transferência na ocasião, pode ceder informações sensíveis. Nas mãos de criminosos, esses dados permitem criação de contas laranja e aplicação de golpes em conhecidos da vítima.