O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer ser o candidato da direita à Presidência da República em 2026. Mesmo estando inelegível até 2030, o político declarou nesta terça-feira (22 de outubro) que participará do próximo pleito para presidente.
A declaração foi feita em entrevista após um almoço com o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) e ao lado do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vem sendo apontado como presidenciável. Ao comentar sobre a eleição nacional que ocorre daqui dois anos, Bolsonaro foi questionado se ele ou Tarcísio estariam na corrida presidencial em 2026.
“O nome é Messias”, respondeu o ex-presidente, em referência ao seu próprio nome do meio. Ele também disse que sua inelegibilidade, declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado (após uma condenação por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação), seria uma perseguição.
Tarcísio, inclusive, reforçou a fala de seu aliado. “O candidato a presidente é Bolsonaro”, declarou.
Novos processos
No entanto o ex-presidente poderá sofrer novas condenações, inclusive não se descarta a privação de liberdade.
Passado o segundo turno das eleições, o STF deverá retomar o julgamento dos envolvidos em 08 de janeiro de 2023, onde o ex-presidente é um dos investigados.
O caminho para a condenação de Bolsonaro está traçado. O leitor atento do Blog do Fausto Macedo já deve tê-lo adivinhado. Em 27 de setembro, Moraes deu 60 dias para a PF concluir o inquérito sobre o golpe, que investiga Bolsonaro e seus ministros, o que deve ocorrer em novembro.
Além disso, nesta semana, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou dois recursos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e manteve a ordem de entrega do passaporte e também a proibição da comunicação do ex-presidente com outros investigados.
A decisão unânime pela rejeição dos recursos foi tomada na investigação que apura suposta tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente e de seu entorno
