Pelo terceiro mês seguido, endividamento do Paranaense cai

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), mostra que em outubro, o percentual de paranaenses com algum tipo de dívida recuou para 89,7%, marcando o terceiro mês consecutivo de queda.

 

Ainda assim, o indicador permanece acima da média nacional, que é de 76,9%. No mês passado, o Paraná passou da segunda para a terceira posição entre os estados com maior parcela de endividados. No topo da lista estão o Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

 

A pesquisa também aponta uma melhora na inadimplência: o percentual de famílias com contas em atraso caiu de 15,1% em setembro para 14,5% em outubro, bem como o de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas diminuiu de 4,7% para 4,1%.

 

Tipo de dívida

O cartão de crédito continua sendo o principal fator de endividamento dos paranaenses, representando 89,7% de todos os casos registrados no Estado. Em seguida, aparecem os financiamentos imobiliário e de veículos, ambos com 5%.

 

 

Endividamento nem sempre reflete uma situação complicada

O endividamento dos paranaenses, embora elevado, reflete um comportamento financeiro seguro e planejado, com a prática do parcelamento, o que é evidenciado pela baixa inadimplência no estado, que ocupa a penúltima posição no ranking nacional neste aspecto.

 

A baixa inadimplência indica que, mesmo com dívidas, as famílias têm condições de manter os pagamentos em dia. A confiança no emprego e a estabilidade econômica são fatores que incentivam esse perfil de consumo, no qual o crédito é usado de forma a facilitar a aquisição de bens e serviços sem comprometer o orçamento a longo prazo.

 

O recuo no endividamento foi mais acentuado entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, onde a taxa passou de 88,1% para 86,3%. Entre as famílias com renda mais baixa, a redução foi de 91,2% para 90,4%.