Com a ajuda do telescópio espacial James Webb, cientistas anunciaram uma descoberta que pode revolucionar a busca pela vida fora da Terra: foram detectados, na atmosfera de outro planeta, gases que, no nosso planeta, só são produzidos por processos biológicos.
Segundo os pesquisadores, esses são sinais mais fortes até agora de possível vida além do nosso sistema solar.
Os cientistas que conduziram a pesquisa anunciaram que foram detectadas na atmosfera de um planeta alienígena as impressões químicas de gases que, na Terra, são produzidos apenas por processos biológicos.
Os dois gases — dimetil sulfeto (DMS) e dissulfeto de dimetila (DMDS) — observados no planeta chamado K2-18 b, são gerados na Terra por organismos vivos, principalmente por vida microbiana como o fitoplâncton marinho (algas).
A descoberta não é ainda uma prova de vida alienígena. De acordo com os cientistas, a descoberta sugere que o planeta pode estar repleto de vida microbiana, segundo os pesquisadores.
No entanto, eles enfatizaram que não estão anunciando a descoberta de organismos vivos, mas sim de uma possível bioassinatura — um indicativo de processo biológico — e que os achados devem ser vistos com cautela.
Ainda assim, eles demonstram entusiasmo. “Esses são os primeiros indícios de um mundo alienígena possivelmente habitado”, disse o astrofísico Nikku Madhusudhan.
Ainda é impossível afirmar que os seres humanos vão poder habitar esse planeta. Ainda que a descoberta seja um avanço na busca por vida em outros planetas e seja extremamente relevante, é cedo para concluir quais serão os próximos passos dessa descoberta.
É uma pista. Mas ainda não podemos concluir que seja habitável”, afirmou o cientista planetário da Universidade Johns Hopkins, Stephen Schmidt, ao jornal The New York Times.
Isso porque primeiro é preciso descobrir se realmente há vida nesse planeta para, só então, entender as condições que permitem que esses organismos sobrevivam.