Depois de ser presa pela polícia italiana na noite de terça-feira (29), em Roma, na Itália, após quase dois meses como foragida, a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) será interrogada pela Justiça italiana para que sua prisão seja validada.
O Ministério da Justiça da Itália afirmou que a audiência está marcada para esta sexta-feira (1º). Também confirmou que ela foi levada para o presídio feminino de Rebibbia, em Roma.
Desde que foi presa, na terça, a deputada federal licenciada Carla Zambelli está no presídio feminino Germana Stefanini, parte do complexo penitenciário conhecido como Rebibbia, nome do bairro que ocupa na área nordeste de Roma. É um dos três presídios exclusivos para mulheres da Itália e um dos maiores da Europa.
Segundo dados do Departamento de Administração Penitenciária, no fim de junho estavam detidas ali 369 mulheres, quase cem a mais que a capacidade total. A Itália enfrenta uma crise carcerária nos últimos anos, com a terceira pior taxa de superlotação da União Europeia.
Nesse momento, Zambelli será interrogada sobre se, diante da existência do mandado de prisão internacional, gostaria de ser enviada espontaneamente para o Brasil, sem a necessidade de um processo de extradição.
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Se ela responder que não, que se opõe à extradição e que pretende continuar na Itália, o juiz vai decidir que tipo de medida cautelar ela deverá cumprir no país enquanto o processo de extradição tramitar.
São três as possibilidades: Zambelli pode continuar presa em penitenciária, ir para prisão domiciliar ou aguardar em liberdade.
Em seguida, o processo de extradição tem início de fato. “O Brasil precisa apresentar o pedido entre 40 dias. Depois, o Ministério da Justiça italiano envia a solicitação à Corte de Apelação”, diz o advogado Alexandro Maria Tirelli, especializado em casos de extradição, inclusive entre Brasil e Itália.