Os brasileiros ficaram mais endividados e mais inadimplentes em julho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A proporção de famílias com contas a vencer cresceu de 78,4% em junho para 78,5% em julho, o sexto mês consecutivo de altas, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Em relação a julho de 2024, quando também 78,5% das famílias estavam endividadas, houve estabilidade.
A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
A proporção de consumidores com contas em atraso subiu de 29,5% em junho para 30,0% em julho, maior patamar desde setembro de 2023, quando essa fatia somava 30,2%. Um ano antes, em julho de 2024, a proporção de famílias inadimplentes era de 28,8%.
Apesar do avanço no endividamento e na inadimplência, houve melhora da percepção do endividamento: a proporção de pessoas que se consideram “muito endividadas” desceu de 15,9% em junho para 15,5% em julho
O cartão de crédito mantém a liderança como a modalidade mais utilizada, mencionada por 84,5% dos endividados, mas perdeu espaço em relação à fatia de 86,0% registrada em julho do ano passado. Na direção oposta, os carnês cresceram em um ano, com uma fatia de 16,8% de menções em julho de 2025, ante 15,7% em julho de 2024.