Nesta quinta-feira (7), a oposição no Senado alega ter alcançado as 41 assinaturas necessárias para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa ocorre após a decisão de Moraes de decretar prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O número é simbólico porque representa a maioria dos 81 senadores. O andamento do processo, porém, depende de uma decisão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). Alcolumbre é contra o processo de impeachment e reafirmou isso na quarta-feira (6) aos senadores.
“Não estamos diante de uma questão meramente numérica, mas de uma avaliação jurídico-política que envolve justa causa, prova, adequação legal e viabilidade. A decisão cabe ao presidente do Senado, no exercício de suas prerrogativas constitucionais. Em respeito ao diálogo democrático e atenção à oposição, reafirmo que qualquer pedido será analisado com seriedade e responsabilidade”, disse Alcolumbre.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que participou da coletiva de imprensa com Marinho, declarou: “Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites”. Ele também comentou sobre a situação do pai: “Estive com o meu pai ontem [quarta]; é sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo. Quando uma pessoa inocente passa por isso, precisa ser muito firme. Ele se mostrou muito forte, a gente sai fortalecido pela força dele”.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), celebrou o movimento em publicação na rede social X: “O Senado tem nas mãos a chance de mostrar ao Brasil que ainda existe democracia, honra e independência entre os Poderes”. Ele acrescentou: “Não se trata mais de coragem. Se trata de história, e Davi vai ter que escolher de que lado ficar”.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também se manifestou: “Em frente, a tirania cairá”.