Uma parcela de 77% dos brasileiros considera que o país é muito desigual, enquanto uma fatia de 2% acha que não há disparidades. As conclusões são de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (9) pelo Observatório Fundação Itaú.
As razões mais citadas de forma espontânea para a existência de disparidades foram ausência de políticas públicas (24%) e questões relacionadas à má gestão pública (18%).
Na sequência, vieram corrupção (12%), falta de emprego/desvalorização da mão de obra (10%), discriminação (9%) e aspectos sociais, como desunião, desonestidade ou falta de respeito (9%). Apenas 7% atribuíram o problema à má distribuição de renda.
Segundo o estudo, o percentual daqueles que colocam o país como muito desigual é maior entre mulheres (82%), classes sociais C (78%) e D/E (77%), pessoas com ensino fundamental incompleto ou completo (79%) e grupos mais velhos (81% entre a faixa de 45 a 59 anos e 80% entre idosos de 60 anos ou mais).
A pesquisa teve apoio técnico e aplicação da empresa de consultoria Plano CDE e do Datafolha. O estudo se chama “Percepções sobre as desigualdades no Brasil”.