O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17) manter taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão pela manutenção da taxa foi unânime.
Esse é o maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Selic estava em 15,25% ao ano.
O Copom justificou a decisão alegando instabilidades no ambiente externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil. O comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas o mercado de trabalho continua aquecido. Nas atuais condições do país, segundo o Copom, esse cenário segue inflacionário e a manutenção dos juros auxiliam no combate à inflação.
O ponto destacado no cenário externo, que recomenda o atual patamar de juros no Brasil, é a incerteza da política econômica nos EUA.
A decisão do Copom nesta quarta-feira corresponde com a expectativa dos economistas do mercado financeiro, tendo por base indicações do próprio BC de que a taxa será mantida inalterada por um “período bastante prolongado” de tempo.
A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e por oito diretores da autarquia.
Em 2025, os diretores indicados pelo presidente Lula formaram maioria no colegiado, ou seja, eles são responsáveis diretamente pela decisão tomada.
A expectativa de economistas é de que a taxa seja mantida no atual patamar, ao menos, até começo de 2026.
Próximas reuniões
O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. Em 2025, o colegiado vai se reunir duas vezes:
- 4 e 5 de novembro
- 9 e 10 de dezembro