“Trump se vinga da esposa do juiz” : Magnitsky para esposa de Moraes repercute na imprensa internacional

A inclusão de Viviane Barci de Moraes, mulher de Alexandre de Moraes, no rol da Lei Magnitsky repercutiu na imprensa internacional. A edição suíça do jornal 20 Minutes, por exemplo, afirmou que, com a medida, a gestão do presidente americano, Donald Trump, “se vinga” da família do ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF) por supostos abusos na relatoria do processo da trama golpista contra o aliado Jair Bolsonaro. Outros veículos da mídia estrangeira, como o Washington Post e a Bloomberg, destacaram que as novas sanções marcam uma escalada na tensão entre os dois países.

 

Agora, o casal pode enfrentar dificuldades para acessar uma série de serviços financeiros e tecnológicos, uma vez que o próprio ministro também foi incluído na lista que pune estrangeiros.

 

Viviane é advogada e comanda o escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, em São Paulo. Ela atua em diferentes áreas jurídicas, como constitucional, administrativo, penal e empresarial.

 

Ao justificar a medida, o governo dos EUA afirmou que a advogada fornece uma “rede de apoio financeiro” ao marido. Moraes foi punido pela Magnitsky no fim julho.

 

A punição inclui o congelamento de bens da empresária em território norte-americano e a proibição de qualquer transação comercial com cidadãos ou empresas dos EUA.

 

A justificativa oficial do governo americano é que Viviane estaria ligada a uma empresa familiar que teria se beneficiado das ações atribuídas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), enquadradas como violações de direitos humanos pela administração de Donald Trump.

 

A crise teve início meses antes, quando o STF iniciou o julgamento de Bolsonaro, acusado de conspirar para se manter no poder após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva. O processo, conduzido por Alexandre de Moraes, culminou em uma condenação histórica: 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.