O Ministério do Trabalho informou nesta segunda-feira (31) que o Brasil gerou 2,73 milhões de empregos com carteira assinada em 2021.
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Ao todo, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil registrou no ano passado:
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- 20.699.802 contratações;
- 17.969.205 demissões.
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O resultado representa melhora na comparação com 2020, quando foram fechadas 191.455 vagas formais.
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Inicialmente, em janeiro de 2021, o governo chegou a informar que haviam sido criadas 142 mil vagas em 2020. Entretanto, esse número foi revisado, e o país passou a contabilizar fechamento de vagas.
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A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.
“Foi um ano extremamente positivo na geração de empregos. Realmente um ano a ser comemorado, talvez sem paralelo na história do país, o que demonstra o vigor da economia brasileira ao longo de 2021”, afirmou o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e da Previdência, Bruno Dalcolmo.
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Somente em dezembro, ainda de acordo com dados oficiais, foram fechadas 265.811 vagas de emprego com carteira assinada. Normalmente o resultado é negativo no último mês de cada ano por conta do fim de contratos temporários.
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Ao final de dezembro de 2021, o Brasil tinha saldo de 41,289 milhões de empregos com carteira assinada.
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Isso representa aumento na comparação dezembro de 2020, quando o estoque de empregos formais somava 38,559 milhões..
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Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.793,34 em dezembro do ano passado, o que representa queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 115,85 em relação a dezembro de 2020 (R$ 1.909,19).
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Em novembro do ano passado, o salário médio de admissão estava em R$ 1.791,83.
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Segundo Bruno Dalcolmo, do Ministério do Trabalho, as empresas contratam trabalhadores com nível menor de instrução quando a economia se reaquece, como aconteceu em 2021, assim como trabalhadores temporários.
Nesses casos, explicou ele, os salários de admissão costumam ser menores. “São movimentos naturais em todos os anos, ou em momentos de crise e retomada econômica”, afirmou.
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Programa de manutenção do emprego
De acordo com o Ministério do Trabalho, o comportamento do emprego formal, no ano passado, ainda sofreu influência do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, iniciado em 2020 e reeditado no último ano.
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Isso porque os empregadores, para obterem os benefícios do programa, têm de manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo da suspensão do contrato, ou redução da jornada.
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Em 2021, segundo o Ministério do Trabalho, 2.593.980 de trabalhadores foram beneficiados pelo programa. Foram pagos R$ 6,98 bilhões no período. Em 2020, o programa beneficiou 9.849.113 de trabalhadores, ao custo de R$ 34,17 bilhões.
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Caged x Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não inclui os informais.
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Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
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Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
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Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil recuou para11,6% no trimestre encerrado em novembro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12,4 milhões de brasileiros. Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em janeiro de 2020 (11,4%).
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