No quarto trimestre de 2024, o avanço na ocupação foi impulsionado pela geração de vagas formais.
O Brasil alcançou um recorde de 67,745 milhões de trabalhadores ocupados contribuindo para instituto de previdência no trimestre encerrado em dezembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A proporção de contribuintes entre os ocupados foi de 65,3% no trimestre até dezembro, ante 65,1% no trimestre até setembro.
No quarto trimestre de 2024, o avanço na ocupação foi impulsionado pela geração de vagas formais, aumentando assim a proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a previdência, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa do IBGE.
Poucos contribuindo, muitos beneficiários
Entre os 41 milhões de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as aposentadorias representam 23,5 milhões, sendo 12,1 milhões destinadas a mulheres e 11,4 milhões a homens, além de 1,6 mil pessoas que não declararam gênero. Esses números destacam a abrangência e relevância da Previdência Social na garantia de segurança e dignidade aos trabalhadores.
O principal desafio enfrentado pela Previdência Social é o equilíbrio financeiro. A informalidade no mercado de trabalho e o desemprego afetam diretamente a arrecadação, enquanto o envelhecimento populacional aumenta a demanda por benefícios. Atualmente, a expectativa de vida no Brasil é de 77 anos, e projeções indicam que, até 2060, o número de idosos dobrará, representando 25% da população.
Para enfrentar esses desafios, o governo tem investido em tecnologias de cruzamento de dados e fiscalização rigorosa, combatendo fraudes e otimizando a gestão de recursos. Medidas como a inclusão de trabalhadores informais e o fortalecimento da arrecadação também são essenciais para garantir a sustentabilidade do sistema.