O percentual de famílias que disseram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) apresentou uma piora no quadro anual. O índice de endividamento atingiu 79,2% no mês passado, e em outubro de 2021 o índice era de 74,6%, um aumento de 4,6 pontos percentuais na comparação anual. Por outro lado, a relação mensal diminuiu 0,1 ponto.
Na comparação anual, os consumidores de maior renda foram os que registraram o maior aumento no nível de endividamento, de 5,8 pontos percentuais, ante 4,3 pontos entre os que recebem até dez salários mínimos.
“O nível de endividamento alto e os juros elevados pioram as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento, ficando mais difícil quitar todos os compromissos financeiros dentro do mês”, explicou Tadros em nota oficial.
Cartão de crédito é vilão, com mais de 86% das dívidas
Entre os principais tipos de dívidas estão o cartão de crédito, que lidera disparado, com 86,2% em outubro de 2022. No mesmo mês do ano passado, o indicador era de 84,9%.
Na sequência aparecem os carnês com 19,5% (contra 20,2% há um ano), o financiamento do carro com 9% (ante 12,7% há um ano), o crédito pessoal com 8,4% (9,2% há um ano) e o financiamento da casa com 8,1% (ante 9,4% há um ano).
O gasto com o cartão é associado ao consumo de curtíssimo prazo, o que mostra que o quadro de juros e inflação elevados tem afetado de maneira significativa o orçamento das famílias, afirma Izis.
Na divisão por região, o Paraná aparece no topo com maior número de famílias endividadas
Quando se considera o número de endividados por região, a pesquisa mostra que 17 das 27 unidades federativas tiveram aumento no quesito em outubro, ante setembro.
A liderança fica com o Paraná, com 95,8%. Na sequência estão Rio Grande do Sul, com 91,9%, Rio de Janeiro (89,7%), Espírito Santo (88,5%) e Minas Gerais (87,2%) de famílias endividadas.
Em termos de atraso no pagamento, 12 estados registraram aumento no percentual de consumidores que atrasaram o pagamento, com destaque para a Bahia (43,7%).
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