O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta semana e deve anunciar, na quarta-feira, um novo corte da taxa básica de juros, a Selic. O mercado espera que a taxa caia dos atuais 11,25% para 10,75% ao ano.
No mesmo dia, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve manter os juros dos EUA no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano. Um novo corte de 0,5 ponto percentual da Selic e a manutenção dos juros americanos são consenso no mercado.
Os analistas, porém, estarão de olho nos comunicados. No Brasil, há dúvidas sobre se o Copom manterá a projeção de novos cortes de mesma magnitude na Selic. Nos últimos encontros, o Copom sinalizou novos cortes de 0,5 ponto percentual “nas próximas reuniões”. A dúvida é se esse indicativo será mantido.
Para definir o patamar dos juros, o Banco Central se baseia no sistema de metas para a inflação do país. Logo, a Selic é elevada sempre que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tido como a inflação oficial do Brasil, também cresce.
Em 2024, a meta para a inflação é de 3%. Com uma possível oscilação de 1,5 ponto percentual, o objetivo será cumprido oficialmente caso o IPCA termine o ano entre 1,5% e 4,5%.
Caso o Copom confirme o novo patamar da Selic, será o quinto corte seguido de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. A Selic alcançou 13,75% em agosto de 2022, para tentar conter a inflação. E vem caindo desde agosto de 2023.
O percentual de 10,75% será o menor em quase dois anos. A última vez que a Selic esteve neste nível foi entre fevereiro e março de 2022.
A expectativa do mercado é de que os juros continuem caindo no Brasil, terminando o ano em 9%.