Em um ano, 1,7 milhão de famílias unipessoais, isto é, compostas por apenas uma pessoa, foram retiradas da lista de beneficiários do Bolsa Família. Essas pessoas estavam recebendo o benefício irregularmente ou integravam uma família maior, mas diziam morar sozinhos. O governo Lula faz, desde o início da sua gestão, uma revisão no Cadastro Único (CadÚnico), base de dados utilizada para o pagamento dos benefícios sociais do governo.
As famílias unipessoais são aquelas compostas por apenas um membro, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único). Não há restrição a elas, mas, pelas regras, uma vez classificadas como unipessoais, não podem mais dividir a casa com outros familiares.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social explicou que os “arranjos unipessoais tiveram um aumento fora da curva e vínculo com a dinâmica demográfica das famílias brasileiras entre o final de 2021 e os últimos meses de 2022”.
Esse crescimento aconteceu nos últimos anos da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando o programa de assistência à população carente se chamava Auxílio Brasil. O auxílio médio foi de R$ 405 em 2022, valor que subiu para R$ 600 no último ano com a aprovação da PEC da transição pelo governo eleito.
Não há restrições, no Bolsa Família, a quem mora sozinho. O que não pode é dizer que mora só, mas dividir a casa com o restante da família. Foi isso que o governo Lula atacou.
De acordo com dados do Cadastro Único, eram 5.884.261 de famílias unipessoais entre os beneficiários do Bolsa Família (então Auxílio Brasil) em dezembro de 2022. Em dezembro de 2023, esse número tinha caído para 4.152.915.
Além da revisão das famílias unipessoais, também vem sendo realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social uma revisão em relação à renda. Nessa frente, o governo cruza as informações no Cadastro Único com outras bases do governo para atualizar qual o rendimento mensal atualizado dos inscritos. Para receber o benefício, a principal regra é que a família tenha renda mensal de até R$ 218 por pessoa.
Dados do governo mostram que o programa fechou o ano beneficiando 21,06 milhões de famílias. O número de pessoas atendidas subiu de 54,7 milhões para 56 milhões.