Brasil continua com o 2º maior juro real do mundo após BC manter Selic inalterada

O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir manter a taxa básica de juros inalterada. O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.

 

O Banco Central do Brasil (BC) decidiu nesta quarta-feira (19) manter a Selic na faixa de 10,50% ao ano. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 6,79%. O líder é a Rússia, com taxa real de 8,91%.

 

Na última divulgação, em 8 de maio, o Brasil já ocupava a segunda colocação da lista. A combinação de inflação menor e cenário externo positivo ajudou no fechamento de uma taxa real de juros mais baixa, informou o MoneYou.

 

A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de ter perdido para a Turquia o posto de maiores taxas nominais da lista (40% ao ano, frente aos 50% da Turquia, o país também enfrenta um quadro de inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.

 

Veja abaixo os principais resultados da lista

 

Fim de um ciclo de cortes de juros

Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros na casa de 10,50% ao ano.

 

Com a medida, a autoridade monetária encerrou um ciclo de sete cortes consecutivos da taxa básica. Antes do início das reduções, a Selic havia permanecido, por cerca de um ano, em 13,75%.

 

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 6ª posição. Veja abaixo:

  1. Turquia: 50%
  2. Argentina: 40%
  3. Rússia: 16%
  4. Colômbia: 11,75%
  5. México: 11%
  6. Brasil: 10,50%
  7. África do Sul: 8,25%
  8. Hungria: 7,25%
  9. Filipinas: 6,50%
  10. Índia: 6,50%
  11. Indonésia: 6,25%
  12. Chile: 6%
  13. Polônia: 5,75%
  14. Hong Kong: 5,75%
  15. Estados Unidos: 5,50%
  16. Nova Zelândia: 5,50%
  17. República Checa: 5,25%
  18. Reino Unido: 5,25%
  19. Canadá: 4,75%
  20. Israel: 4,50%
  21. Austrália: 4,35%
  22. Alemanha: 4,25%
  23. Áustria: 4,25%
  24. Espanha: 4,25%
  25. Grécia: 4,25%
  26. Holanda: 4,25%
  27. Portugal: 4,25%
  28. Bélgica: 4,25%
  29. França: 4,25%
  30. Itália: 4,25%
  31. Suécia: 3,75%
  32. Coreia do Sul: 3,50%
  33. China: 3,45%
  34. Singapura: 3,42%
  35. Dinamarca: 3,35%
  36. Malásia: 3%
  37. Tailândia: 2,50%
  38. Taiwan: 2%
  39. Suíça: 1,50%
  40. Japão: 0,10%