Brasil criou 277 mil empregos formais em maio; saldo do ano registra queda

caged 29_06_22O Ministério do Trabalho informou nesta terça-feira (28) que o Brasil gerou 277 mil empregos com carteira assinada em maio deste ano.

 

Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas no período:

 

  • 1,96 milhão de contratações;
  • 1,68 milhão de demissões.

 

O resultado divulgado nesta terça-feira representa melhora na comparação com o mês de abril, quando o saldo positivo foi de 197,4 mil vagas criadas, e também em relação a maio de 2021, quando foram criados 266,3 mil empregos formais.

 

O acumulado do ano, de janeiro a maio, porém, representa piora em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Segundo o governo, a previsão é gerar 1,5 milhão de empregos com carteira assinada neste ano.

 

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.

 

Acumulado do ano

De acordo com o Ministério do Trabalho, foram criadas no país, de janeiro a maio deste ano, 1,05 milhão de vagas formais de emprego.

 

O número representa queda na comparação com o mesmo período de 2021, quando foram criadas 1,16 milhão de vagas.

 

Ao final de maio de 2022, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 41,7 milhões de empregos com carteira assinada.

 

O resultado representa aumento na comparação com abril deste ano (41,5 milhões) e com maio de 2021 (39,1 milhões).

 

Setores

Os números do Caged de maio de 2022 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia.

Serviços – 120.294,

Indústria – 46.975,

Construção – 35.445

Comércio – 47.557

Agropecuária – 26.747

Fonte: Ministério do Trabalho

 

Regiões do país

Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas regiões do país no mês passado. Veja abaixo:

Sudeste – 147,846

Nordeste – 48.847

Sul – 25.585

Centro-Oeste33.978

Norte – 16.091

Fonte: Ministério do Trabalho

 

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.898,02 em maio deste ano, o que representa queda real de R$ 18,05 em relação a abril (R$ 1.916,07).

 

Na comparação com maio do ano passado, o salário médio de admissão também recuou, pois estava em R$ 2.010,68 naquele mês.

 

Caged x Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não inclui os informais.

 

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

 

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

 

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 10,5% no trimestre encerrado em abril, para o menor nível desde 2016, mas a falta de trabalho ainda atinge 11,3 milhões de brasileiros.