O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta quarta-feira que o gasto de turistas estrangeiros no Brasil em junho, de US$ 508 milhões, foi o maior para o mês desde 2014 (US$ 793 milhões), período em que foi realizada a Copa do Mundo de Futebol masculino no País. Em relação aos gastos de turistas brasileiros no exterior, ainda segue abaixo da tendência pré-pandemia, embora esteja se aproximando.
Os brasileiros gastaram em viagens internacionais US$ 1,417 bilhão em junho, contra US$ 1,196 bilhão no mesmo mês do ano passado, segundo o BC.
Já os estrangeiros que estiveram no país deixaram US$ 508 milhões, contra US$ 388 milhões em junho de 2022. Assim, houve déficit na conta de viagens de US$ 909 milhões no mês passado, contra US$ 808 milhões um ano antes.
O BC calcula déficit de viagens de US$ 11 bilhões para 2023, conforme divulgado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
O Brasil recebeu quase 2,7 milhões de turistas estrangeiros nos quatro primeiros meses de 2023, é o que mostra o levantamento mensal elaborado pela Embratur e o Ministério do Turismo, divulgado no último dia 1°. Segundo a empresa, o número equivale a 75% dos visitantes internacionais que entraram no país durante todo o ano de 2022, que somou 3,6 milhões de turistas.
No entanto, segundo o Institute for Economics and Peace (IEP), o Índice de Paz Global (GPI, na sigla em inglês) o Brasil está, definitivamente, entre os locais mais inseguros do mundo. Das 163 nações estudadas, nosso país aparece estável em 132º lugar com uma nota 2,462. O território nacional ainda é um dos mais perigosos da América do Sul, atrás apenas de Venezuela e Colômbia. Já o mais seguro do continente é o Uruguai, que com a nota 1,798, conquistou o 50º lugar global.