O Brasil abriu 218.902 empregos com carteira assinada em julho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é a diferença entre 1.886.537 contratações e de 1.667.635 desligamentos registrados no mês.
O resultado representa piora em relação a julho do ano passado, quando foram criados 306,5 mil empregos formais.
Já em julho de 2020, em meio ao isolamento da primeira onda da Covid-19, foram abertos 108,4 mil empregos com carteira assinada.
O mercado financeiro esperava um novo avanço no emprego no mês, segundo analistas consultados pela Projeções Broadcast, mas o saldo veio abaixo da mediana das previsões, calculada em 250 mil postos de trabalho.
No acumulado de 2022, o saldo é de 1.560.89 empregos, decorrente de 13.554.553 admissões e de 11.993.657 desligamentos.
Todos os setores tiveram saldo positivo
Todos os setores tiveram saldo positivo no mês, com mais contratações que demissões, se analisados apenas os dados de julho, diz o governo federal. A área de serviços foi a que mais abriu postos, com 81.873 novos contratos.
Veja os resultados a seguir:
- Serviços: 81.873 novas vagas;
- Indústria geral: 50.503 novas vagas;
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 38.574 novas vagas;
- Construção: 32.082 novas vagas,
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 15.870 novas vagas.
Regiões do país
Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas regiões do país no mês passado:
Empregos por região – Vagas criadas em julho – Em milhares
Sudeste: 99.530
Nordeste: 49.215
Sul: 28.512
Centro-Oeste: 25.179
Norte: 16.080
Fonte: Ministério do Trabalho
Salário médio sobe
Segundo os dados divulgados hoje pelo governo, o salário médio de admissão em julho foi de R$ 1.926,54 no território nacional. Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 15,31, um ganho de 0,80%.
Quatro dos cinco setores registraram alta no salário. O único com variação negativa foi o de indústria geral. Veja a seguir a variação relativa do salário médio por setor:
- Serviços: R$ 2.049,82 (+0,67%);
- Construção: R$ 2.005,31 (+1,43%);
- Indústria geral: R$ 1.955,23 (-1,22%);
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: R$ 1.685,67 (+1,95%),
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: R$ 1.673,52 (+0,84%).