A China anunciou nesta sexta-feira, 11, que vai elevar sua tarifa retaliatória sobre importações dos EUA, de 84% para 125%. A nova tarifa entra em vigor neste sábado, dia 12.
Pequim também sinalizou que não vai mais igualar eventuais novas elevações de tarifas pelos EUA, com o argumento de que as importações americanas não são mais comercializáveis nos níveis atuais.
“Mesmo que os EUA continuem impondo tarifas mais altas, isso não fará mais sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”, diz comunicado da comissão de tarifas do Conselho Estatal chinês. “Se os EUA seguirem impondo tarifas a bens chineses exportados para os EUA, a China vai ignorar”, acrescenta.
A nova taxação do país asiático sobre produtos americanos é mais uma reposta às medidas impostas pelo presidente Donald Trump. Na quinta-feira (10), em mais um capítulo da guerra comercial, os EUA explicaram que as tarifas impostas ao país asiático somam 145%.
Produtos campeões de venda pela China aos EUA
Wendong Zhang, professor assistente de economia aplicada e políticas na Universidade Cornell, alerta que 78% dos laptops, 87% dos consoles de videogame e 77% dos brinquedos vendidos nos EUA vêm da China. No caso dos smartphones, 73% dos aparelhos vendidos no mercado americano são chineses.
Se esses itens vão pagar 145% de tarifa de importação, outras “comprinhas” podem arcar com um imposto ainda maior. Muitos ecommerces chineses como Shein e Temu aproveitavam uma brecha na legislação americana que isentava importações de pequeno valor, avaliadas em até US$ 800.