China suspende embargo à carne bovina do Brasil

carnes 24_03_24O governo da China suspendeu o embargo à importação de carne bovina produzida no Brasil, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

 

A decisão foi informada pelo governo brasileiro três dias antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcar para a China, onde deve se encontrar com Xi Jinping para discutir, entre outros temas, avanços na pauta comercial entre os países.

 

Segundo o Ministério da Agricultura, a decisão vale para animais abatidos a partir desta sexta-feira (24).

 

Fávaro embarcou para a China na última segunda (20), quase uma semana antes da comitiva presidencial, e se reuniu com o ministro responsável pelo controle aduaneiro do país asiático, Yu Jianhua.

 

Lula vai à China com 240 empresários, ministros e parlamentares, incluindo 90 representantes do agronegócio. Os empresários custearão a própria viagem.

 

Semanas de suspensão

China, Tailândia, Irã e Jordânia suspenderam as importações de carne bovina de todo o Brasil, no início de março, após um caso de vaca louca ter sido identificado no Pará no fim de fevereiro.

 

Laboratórios internacionais, naquele momento, já tinham identificado que o caso de vaca louca era atípico e resultado do envelhecimento natural do animal. Na prática, isso significa que não havia risco de contaminação do rebanho.

 

A Rússia, naquele momento, embargou apenas a carne exportada do Pará. Segundo o governo, a decisão afetou uma única planta frigorífica do estado porque as demais já não exportavam carne para o país europeu.

 

No caso da China, o próprio Brasil já havia suspendido as exportações por conta própria em razão desse caso isolado. O acordo bilateral entre as nações define “autoembargo” quando problemas desse tipo são detectados.

 

A decisão de manter a suspensão ou retomar a compra, no entanto, cabe à China. Nas últimas semanas, o governo brasileiro enviou informações ao parceiro comercial sobre o andamento da apuração do caso para subsidiar essa retomada.

 

Em 20 anos de monitoramento da doença, o país nunca identificou a forma mais tradicional, que é quando o animal é contaminado por causa de sua alimentação, explicou Vanessa Felipe de Souza Médica-Veterinária, Virologista, Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte.

 

 

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