A confiança dos consumidores brasileiros interrompeu sequência de quatro altas e recuou em outubro, uma vez que piorou a expectativa para os próximos meses, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas divulgados nesta terça-feira.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês recuo de 0,4 ponto, chegando a 88,6 pontos.
Segundo a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt, o resultado aponta uma mudança de comportamento, com melhora das avaliações sobre o momento atual influenciada pelos consumidores de menor poder aquisitivo e uma revisão das expectativas para os próximos meses dos consumidores com maior poder aquisitivo.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto e foi a 74,5 pontos, maior nível desde março de 2020, mas o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,5 ponto, indo a 98,7 pontos.
“É possível que esse resultado esteja sendo influenciado pelo efeito das transferências de renda, redução da inflação pelo terceiro mês consecutivo e crescimento dos postos de trabalho”, explicou Bittencourt.
“Apesar do resultado mais favorável para as classes de renda mais baixa, o endividamento das famílias e as taxas de juros mais elevadas limitam uma recuperação mais robusta”, completou.