O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) do Banco Central (BC) deve manter a taxa Selic nos atuais 10,50% ao ano na reunião que começou ontem. terça (30/7), e que termina nesta quarta-feira.
Agentes do mercado financeiro preveem uma decisão por unanimidade, entre todos os diretores da instituição. Economistas também esperam um comunicado mais “duro” do Comitê, por conta do comportamento da inflação.
A decisão do Copom sobre o patamar da taxa de juros acontece em meio à forte alta do dólar, que acumulou aumento, em 2024, de 15,9% até esta segunda-feira (29) – cotado a R$ 5,62. Segundo analistas, isso pode ser mais um fator relevante a pressionar a inflação.
Juro mais alto, por sua vez, tende a inibir uma alta maior da moeda norte-americana.
De maneira geral, a taxa de câmbio pode ter influência nos preços domésticos em diferentes frentes, como por meio da importação de produtos e insumos ou mesmo pela equiparação dos preços praticados no Brasil com o mercado internacional.
Na última reunião, em 19 de junho, o Copom decidiu por unanimidade interromper o ciclo de cortes da taxa básica de juros — mesmo diante de críticas do presidente Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.
O centro da meta oficial para o IPCA é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Economistas consultados pelo Banco Central, por outro lado, voltaram a prever inflação maior, com a expectativa para o IPCA passando de 4% para 4,05% neste ano, segundo último boletim Focus.