Desemprego fica em 14,6% e atinge 14,8 milhões no trimestre encerrado em maio, aponta IBGE

desemprego 01_04_20A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,6% no trimestre encerrado em maio, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa um contingente de 14,8 milhões de pessoas buscando por uma oportunidade no mercado de trabalho no país.

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De acordo com o IBGE, esta foi a segunda maior taxa de desemprego da série histórica, iniciada em 2012. A taxa recorde, de 14,7%, foi registrada nos dois trimestres imediatamente anteriores, fechados em março e abril. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

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Trabalho por conta própria freia o desemprego

O IBGE apontou que o desemprego ficou estatisticamente estável em relação aos dois trimestres anteriores, graças ao trabalho por conta própria, que cresceu no período.

De acordo com a pesquisa, a população na força de trabalho, que inclui os trabalhadores ocupados e desocupados, cresceu em 1,2 milhão de pessoas. Esse crescimento foi puxado pelo contingente de ocupados, que aumentou em 0,9% na comparação com o trimestre anterior, o que representa 809 mil pessoas a mais ocupadas no mercado de trabalho.

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O aumento da ocupação se deu, exclusivamente, por causa do trabalho por conta própria, única categoria profissional que cresceu no período, tendo registrado um avanço de 3%.

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“Esses trabalhadores estão sendo absorvidos por atividades dos segmentos de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que cresceu 3,9%, o único avanço entre as atividades no trimestre até maio”, destacou a gerente da pesquisa, Adriana Beringuy.

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Perspectivas

O mercado financeiro estima para 2021 um crescimento de 5,29% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e inflação de 6,56%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

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Apesar da melhora nas projeções para o avanço da economia brasileira, economistas têm destacado que uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho só deverá ser mais visível a partir o segundo semestre, e condicionada ao avanço da vacinação e à retomada do setor de serviços – o que mais emprega no país e o mais afetado pelas medidas de restrição para conter o coronavírus.

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Este mês, a confiança desse setor subiu pela quarta vez seguida, atingindo o maior patamar desde março de 2004, e indicando que uma recuperação pode estar a caminho – ainda que dependendo fortemente do controle da pandemia no país.