Oito dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram altas de preços em outubro. A única deflação ocorreu em Comunicação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da alta dos preços terem sido disseminadas nos oito grupos, não se observou um grande aumento na quantidade dos produtos e serviços pesquisados.
Dos 377 produtos e serviços que compõe o IPCA, 200 deles sofreram altas em seus preços. No mês anterior a alta havia ocorrido em 162 itens.
Assim, o índice de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 43% em setembro para 53% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A difusão de itens alimentícios passou de 41% em setembro para 57% em outubro.
Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 44% em setembro para 49% em outubro.
A composição do IPCA foi atualizada no início de 2020. Um total de 377 diferentes itens passaram a ter seus preços coletados todos os meses, divididos em nove grupos de gastos:
O alvo da metodologia do IPCA são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a sua fonte de renda. Para chegar ao índice de inflação, são coletados os preços entre os dias 1º e 30 de cada mês em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos (como água ou energia elétrica), além da internet.
A cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente envolve itens de naturezas variadas. Entram arroz e feijão, é claro, mas também consulta médica, mensalidade escolar, aparelhos eletrônicos e atividades de lazer. Cada um tem um peso maior ou menor conforme a presença deles na cesta de consumo média da população. Assim, os itens relacionados à alimentação costumam ter um peso maior do que, por exemplo, comunicação ou vestuário.