Difusão do IPCA sobe para 66% em abril

inflação em alta 15_05_23O indicador de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 60% em março para 66% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

“A difusão aumenta influenciada, principalmente, por itens alimentícios, e também pela alta dos produtos farmacêuticos”, disse André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do IBGE. “Todos os subitens que fazem parte dos produtos farmacêuticos tiveram aumento de preços em abril.”

 

A difusão de itens alimentícios passou de 56% em março para 64% em abril. Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 63% em março para 67% em abril.

 

Apesar da alta na difusão, a magnitude e o impacto dos aumentos foram menores sobre a inflação em abril, frisou Almeida.

 

O IPCA desacelerou de uma alta de 0,71% em março para 0,61% em abril. “O aumento no nível geral de preços foi menor do que no mês anterior”, concluiu.

 

A composição do IPCA foi atualizada no início de 2020. Um total de 377 diferentes itens passaram a ter seus preços coletados todos os meses, divididos em nove grupos de gastos.

 

O alvo da metodologia do IPCA são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a sua fonte de renda. Para chegar ao índice de inflação, são coletados os preços entre os dias 1º e 30 de cada mês em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos (como água ou energia elétrica), além da internet.

 

A cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente envolve itens de naturezas variadas. Entram arroz e feijão, é claro, mas também consulta médica, mensalidade escolar, aparelhos eletrônicos e atividades de lazer. Cada um tem um peso maior ou menor conforme a presença deles na cesta de consumo média da população. Assim, os itens relacionados à alimentação costumam ter um peso maior do que, por exemplo, comunicação ou vestuário.