Os analistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação em 2023 e em 2024.
A informação consta no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
Para este ano, a projeção dos analistas para o IPCA, a inflação oficial, recuou de 4,75% para 4,65%.
Com isso, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 continuou dentro do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.
O recuo na estimativa de inflação do mercado para este ano ocorreu após a divulgação do resultado da inflação oficial de setembro, que somou 0,26% e ficou abaixo, novamente, das projeções dos analistas.
Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%. E, em 2022, a inflação somou 5,79%.
Para 2024, a estimativa de inflação caiu de 3,88% para 3,87% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Produto Interno Bruto
Sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro reduziu a previsão de crescimento estável, de 2,92% para 2,90%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu inalterada em 1,50%.
A previsão de um crescimento maior da economia acontece após o anúncio de que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano teve alta de 0,9%, bem acima das expectativas dos analistas.
Taxa de juros
Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024.
Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano, após duas reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.
Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano.
Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia seguiu em 9% ao ano.
Dólar
Após subir na última semana, a expectativa mediana para o dólar no fim de 2023 foi mantida em R$ 5, assim como na semana passada.
O mesmo aconteceu com a projeção para o final de 2024, que após subir, se manteve em R$ 5,05 nesta semana.
Para o fim 2025, a projeção ficou igual, em R$ 5,10, assim como nas semanas anteriores.