Embalagens e etiquetas de encomendas contém os seus dados pessoais. Você as jogas no lixo ou as destroem?

Embalagens enviadas pelos Correios e outras transportadoras utilizadas pelas lojas da internet vêm com informações que a gente está acostumado a ver – como nome e endereço. Destruir os dados pessoais nas etiquetas de pacotes é um passo para proteger a privacidade das suas informações quando elas forem para o lixo.

 

Atenção especial deve ser dada aos  códigos de barras e QR Codes colados na caixa  que escondem dados que não conseguimos ver.

 

“Um exemplo de cuidado importante é rasgar ou carimbar dados pessoais impressos em encomendas, principalmente os QR Codes que vêm em muitas etiquetas de entregas de comércios eletrônicos”, explica Danilo Barsotti, diretor de tecnologia da idwall, empresa especializada em gestão de identidade digital.

 

O especialista explica que fraudadores podem ler os dados presentes no QR Code e conseguir informações sobre o comprador para usá-los de forma mal-intencionada.

 

Outros exemplos de dados presentes nas etiquetas são as informações do código de acesso da nota fiscal, com 44 dígitos, que inclui nome completo, CPF, valor gasto e telefone do consumidor.

 

Então, destruir os dados da etiqueta da encomenda é só um passo extra para se proteger, porque toda hora fornecemos informações pessoais para empresas – como farmácias e drogarias, por exemplo.

 

A recomendação de rabiscar/borrar as etiquetas também é válida para envelopes com informações pessoais, como os de contas e outros documentos ao serem descartados.

 

Para ficar em um exemplo de informações expostas na internet, vale lembrar que os dados de mais de 223 milhões de brasileiros – incluindo CPF e data de nascimento – vazaram em 2021 e estão disponíveis na dark web (sites que existem em redes anônimas e que normalmente são utilizados para circulação de conteúdo ilegal e atividade criminosa).

 

“As pessoas precisam ter atenção com seus dados tanto no mundo off-line quanto on-line”, completa Barsotti. Ele diz que a empresa identifica, em média, 120 mil golpes on-line por mês apenas no Brasil.

 

De acordo com o relatório “Indicador de Tentativas de Fraude”, da Serasa Experian, no Brasil há uma tentativa de fraude a cada 3,3 segundos.

 

A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) serve para estabelecer padrões sobre quais dados são pessoais ou sensíveis, além de trazer regras acerca de como essas informações devem ser tratadas e armazenadas por empresas.