O Banco Central (BC) informou nesta quinta-feira (25) que os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 531 milhões em outubro.
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Na comparação com outubro de 2020, quando as despesas foram de US$ 284 milhões, o aumento registrado foi de 87%.
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Esse também foi o maior valor para mensal desde março de 2020 (US$ 612 milhões), ou seja, desde o início da pandemia.
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O aumento de gastos no exterior acontece na esteira da reabertura de fronteiras. Em setembro, alguns países da Europa reabriram as fronteiras para turistas do Brasil e, no mês passado, os Estados Unidos anunciaram a retomada de viagens para vacinados.
No acumulado deste ano, segundo números oficiais, as despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 3,847 bilhões, com queda de 18% frente ao mesmo período de 2020 (US$ 4,695 bilhões).
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Nível de atividade e dólar
A expectativa do mercado financeiro é de alta de quase 5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, após um tombo de 4,1% no ano passado.
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A retomada de viagens também acontece em um cenário de alta do dólar, o que torna os destinos no exterior mais caros. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira.
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Nesta quinta-feira, a moeda norte-americana recuava 0,21%, cotada a R$ 5,5828. No ano, porém, tem valorização de 7,86% contra o real.
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Variação do dólar em 2021 — Foto: g1
Estrangeiros no Brasil
Também em recuperação, o turismo de estrangeiros para o Brasil segue abaixo dos patamares pré-pandemia.
Mesmo com avanço de 47% em relação ao mesmo mês de 2020, os US$ 266 milhões gastos de moradores do exterior com viagens para o país em outubro ficaram 42% menor que o registrado no mesmo mês de 2019.
Nos dez primeiros meses do ano, as viagens de estrangeiros ao Brasil somaram US$ 2,256 bilhões.
O desempenho da conta de serviços de viagens segue com um déficit menor ao de anos anteriores: enquanto o déficit acumulado até outubro deste ano foi de US$ 1,591 bilhões, foram registrados resultados negativos de US$ 2,132 bilhões e US$ 9,845 bilhões no mesmo período em 2020 e 2019, respectivamente.