Geração de empregos no Brasil sobe, mas salários diminuem em fevereiro

emprego 15_07_20A geração de empregos no Brasil foi positiva no mês de fevereiro. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado hoje (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o país registrou a criação de 328 mil vagas de emprego com carteira assinada.

 

No mês passado, houve 2,01 milhões de contratações e 1,68 milhão de demissões. Segundo a pasta, este foi o segundo melhor resultado para o mês desde o início da série, que foi em 2021. O melhor saldo foi registrado em 2021, quando teve um saldo de 397 mil vagas.

 

Os dados do novo Caged mostram ainda que o salário médio de admissão em fevereiro de 2022 foi de R$ 1.878,66. O valor é menor que o registrado em janeiro, com um decréscimo de R$ 61,14, o que equivale a uma variação negativa de 3,15%.

 

O secretário executivo do ministério, Bruno Dalcolmo, disse que foi a primeira vez que o total mensal de admissões supera a marca de 2 milhões de vagas, considerando a série com declarações feitas fora do prazo. Contudo, o secretário destaca que o resultado não pode ser considerado estrutural e que a tendência é de redução nas contratações.

 

“O que vemos aqui em fevereiro de 2022 do ponto de vista das admissões é algo importante a ser notado. Pela primeira vez estamos acima de 2 milhões de contratações. É claro que não é possível se afirmar que é algo estrutural e que permanecerá nesse patamar”, disse.

 

“Temos já registrado que é natural que se espere alguma desaceleração com relação ao nível de contratação do ano passado. É um processo natural, as empresas não continuarão contratando naquele ritmo do ano passado para sempre”, acrescenta.

 

Os números revelam que, no mês de fevereiro, os cinco grupamentos de atividade econômica apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, com geração de 215 mil novos postos com carteira assinada, distribuídos principalmente nas atividades de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

 

A indústria geral fechou o mês com 43 mil novos postos, concentrados especialmente na indústria de transformação, que gerou 38 mil postos. A construção fechou o mês com 39 mil novos empregos. Na sequência vêm a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que gerou 17.415 postos; e o comércio, com 13 mil postos.

 

Com o resultado de fevereiro, o estoque de empregos formais ativos ficou em 41.157.217 vínculos, uma variação positiva de 0,8% em relação ao estoque do mês anterior. No acumulado de 2022, foi saldo registrado é de 478.862 empregos com carteira assinada, decorrente de 3.818.888 admissões e de 3.340.026 desligamentos.