Governo mantém em 2,2% previsão de alta do PIB em 2024 e vê expansão maior ano que vem

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda manteve nesta quinta-feira (21) a sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 em 2,2% — mesmo patamar que havia projetado em novembro do ano passado.

 

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

 

  • Em 2023, dados oficiais do IBGE, mostram que o PIB registrou um crescimento de 2,9% na comparação com o ano anterior.
  • Ao projetar uma alta de 2,2% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira.

 

A estimativa do governo federal segue acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 1,80% para este ano. A expectativa foi coletada pelo Banco Central no boletim Focus, que ouviu mais de 100 bancos na última semana.

 

Já o Banco Central estima um crescimento da economia da ordem de 1,7% em 2024. A projeção foi divulgada em dezembro do ano passado por meio do relatório de inflação.

 

Para 2025, o Ministério da Fazenda também manteve a expectativa de crescimento do PIB brasileiro, que permaneceu em 2,8%. Com isso, o governo espera aceleração da atividade econômica no ano que vem.

 

O mercado financeiro, por sua vez, projeta uma expansão da economia de 2% no ano que vem.

 

Inflação

O Ministério da Fazenda melhorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024.

 

Em novembro, o governo tinha estimado que a inflação atingiria 3,55% neste ano, valor que recuou para 3,50% no documento divulgado hoje.

 

  • A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
  • O mercado financeiro estimou, na semana passada, que o IPCA somará 3,79% em 2024.

 

Para 2025, a equipe econômica espera uma inflação de 3,10%, com alta em relação à estimativa anterior, divulgada em novembro do ano passado, de 3%.

 

A meta central de inflação definida para 2025 é 3%, podendo ser cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.

 

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.