O governo manteve em 2,5% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para medir o crescimento da economia.
A informação consta no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Ao projetar uma alta de 2,5% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira, já que em 2023 o PIB registrou um crescimento de 2,9%.
A estimativa do governo federal segue acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,11% para este ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta semana.
Já o Banco Central espera uma alta de 2,3% do PIB neste ano.
O Ministério da Fazenda também piorou a estimativa para a inflação deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024, prevendo uma alta média dos preços de 3,9%.
Em maio, o Ministério da Fazenda tinha estimado que a inflação atingiria 3,70% neste ano.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
“Essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado e da calamidade no RS nos preços, além dos reajustes recentes anunciados para os preços da gasolina e GLP”, segundo o documento.
Próximos anos
O Ministério da Fazenda revisou a projeção do PIB para 2025. Antes, a estimativa era de 2,8% de crescimento. Agora, caiu para 2,6%.
De acordo com o documento, essa mudança tem a ver com “a pausa no corte de juros pelo Banco Central em 2024, conforme apontado pelas expectativas de mercado”.
Para 2026, a perspectiva do PIB, segundo o governo, passou de uma alta de 2,5% para um avanço de 2,6%.