O Ministério da Fazenda reduziu nesta terça-feira (21) a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Agora, o governo espera uma alta de 3% do PIB deste ano. Em setembro, o governo havia estimado uma alta de 3,2%.
- O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), a redução da estimativa de alta do PIB é explicada em parte pelas “projeções menos otimistas para o setor de serviços até o restante do ano” e pela revisão da expectativa de crescimento para o 3º trimestre de 2023.
“Para o último trimestre, no entanto, segue a perspectiva de aceleração da atividade, cenário que deverá garantir crescimento em 2023 levemente superior ao do ano anterior.”
Se a projeção se confirmar, o crescimento do PIB em 2023 estará pouco acima do registrado no ano passado. Em 2022, a economia registrou uma expansão de 2,9%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo com a redução, a estimativa do governo federal está acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,85% para este ano. A estimativa foi coletada pelo Banco Central no boletim Focus, que ouviu mais de 100 bancos na última semana.
Para 2024, o Ministério da Fazenda também reduziu a expectativa de crescimento do PIB brasileiro, passando de 2,3% para 2,2%.
Inflação
O Ministério da Fazenda melhorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. Em setembro, o governo tinha estimado que a inflação atingiria 4,85% neste ano.
A nova previsão é que a inflação fique em 4,66% – dentro do intervalo de cumprimento da meta estipulada pelo Conselho Monetária Nacional (CMN).
“O processo de desinflação ocorreu mais rápido do que o inicialmente projetado, (…) levando a inflação para dentro do intervalo proposto pelo regime de metas já em 2023”, explicou a SPE.
Para 2023, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo CMN e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Para 2024, a equipe econômica espera uma inflação de 3,55% – pouco acima da banda superior de tolerância estipulada para o próximo ano.
A meta central de inflação definida para 2024 é 3%, podendo ser cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.