O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,14% em outubro, na comparação dessazonalizada com setembro, conforme divulgado nesta sexta-feira (13) pela autoridade monetária. O indicador veio em linha com as expectativas do mercado.
Em 12 meses, o indicador apresentou avanço de 3,4%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 7,31% e o Banco Central revisou os dados do terceiro trimestre deste ano, de 4,70% para 4,84%.
‘Prévia do PIB’
O IBC-Br é um indicador de atividade (tal como o Produto Interno Bruto, o PIB), mas que tem uma metodologia de cálculo distinta daquela feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC é de frequência mensal e permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, por isso ele é apelidado de “prévia do PIB”. O Produto Interno Bruto, por sua vez, medido pelo IBGE, é de frequência trimestral e descreve um quadro mais abrangente da economia.
Por que isso importa?
Assim como outros indicadores de atividade, o IBC-Br é importante porque ele mostra o quão forte está a economia do país e o quanto há de pressão inflacionária no cenário atual. Uma atividade econômica aquecida pode significar que mais pessoas estão trabalhando e, consequentemente, ganhando e gastando dinheiro. E, como bem se sabe, uma economia pujante tende a vir acompanhada também de mais inflação, que é justamente o que tem preocupado o Banco Central.
O IBC-Br , portanto, é mais um dos itens que o BC avalia para tomar suas decisões monetárias e decidir se haverá cortes ou aumentos nos juros.
No momento atual, o Banco Central voltou a iniciar um ciclo de alta da Selic, justamente devido aos temores em relação à inflação.
Na última reunião de política monetária, o Banco Central não só aumentou a taxa básica de juros em um ponto percentual como deu a entender que mais dois aumentos dessa mesma magnitude devem acontecer nas próximas reuniões, já que a inflação segue assustando.
A última leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a “inflação oficial do país”), mostrou que a inflação subiu 0,39% em novembro. O indicador até mostrou uma desaceleração, tendo em vista que em outubro ele registrou uma inflação de 0,56%, mas ainda assim, ele segue acima do limite considerado tolerável.
Portanto, o BC ainda deve ficar atento a novos indicadores para calibrar o rumo da Selic daqui em diante.