IGP-M, conhecido como ‘inflação do aluguel’, acelera para 0,59% em novembro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,59% em novembro, demonstrando um aumento em relação ao mês anterior, quando apresentou uma alta de 0,50%, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

 

A variação de preços ficou 0,1 ponto percentual (p.p.) acima da mediana das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 0,58%, com intervalo das projeções indo de 0,42% a 0,71%.

 

Com esse desempenho, o índice acumula uma taxa de -3,89% no ano e de -3,46% nos últimos 12 meses. Em novembro de 2022, o índice tinha registrado uma queda de 0,56% e acumulava uma alta de 5,90% nos 12 meses anteriores.

 

O IGP-M é formado por outros três índices. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M).

 

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) registrou um aumento de 0,71% em novembro, superior à alta ocorrida em outubro, de 0,60%.

 

Com peso de 30% no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu 0,42% em novembro, após variar 0,27% em outubro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

 

A maior contribuição partiu do grupo alimentação, cuja taxa de variação passou de -0,39% para 0,58%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cujo preço subiu 7,58%, ante -2,46%, na edição anterior.

 

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,06% para 1,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,29%) e Habitação (0,19% para 0,20%).

 

O FGV Ibre destaca o comportamento dos seguintes itens dentro dessas classes de despesa: serviços bancários (0,12% para 2,19%), salão de beleza (0,13% para 0,62%) e tarifa de eletricidade residencial (-0,03% para 0,97%).

 

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (2,99% para 2,05%), Transportes (-0,12% para -0,25%), Vestuário (0,15% para 0,09%) e Comunicação (0,07% para -0,05%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

 

Nessas classes de despesa, destaque para passagem aérea (19,70% para 11,44%), gasolina (-0,91% para -1,83%), roupas masculinas (0,40% para -0,23%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,23% para -0,11%).

 

Por fim, com os 10% restantes do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) apresentou uma variação de 0,10%. Isso representa uma ligeira redução em comparação com a taxa de 0,20% registrada em outubro.

 

Os três grupos que compõem o INCC-M tiveram as seguintes variações na transição de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,07% para -0,17%), Serviços (0,79% para 0,39%) e Mão de Obra (0,29% para 0,42%).

 

Apesar de ser considerado o indicador do mês fechado, para o cálculo do IGP-M e de seus componentes, são comparados os preços coletados do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do atual (o de referência) com os do ciclo de 30 dias imediatamente anterior.