O IGP-M reduziu o ritmo de queda mas mesmo assim ficou negativo em agosto, na contramão do esperado pelo mercado, que apostava em leve alta. O indicador caiu 0,14% neste mês, uma desaceleração forte em relação ao tombo de 0,72% em julho.
Em 12 meses, o IGP-M ainda acumula recuo de 7,2%.
O IGP-M reajusta os preços de contratos de serviços, como o aluguel, e é formado por três índices: o IPA (preços ao produtor), IPC (preços ao consumidor) e INCC (custo da construção).
Neste mês, os preços ao produtor, que respondem por 60% do IGP-M, tiveram queda de 0,17%. Os preços ao consumidor também recuaram (-0,19%) e o índice da construção teve alta de 0,24%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, caiu 0,19% em agosto, abandonando alta anterior de 0,11%. A maior contribuição para esse resultado partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou a cair 1,19% no período, contra alta de 1,15% em julho.
Entre os componentes do grupo, o destaque ficou para o item passagem aérea, que despencou 8,72%, frente a alta de 5,88% no mês anterior.
Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,24% em agosto, ante variação positiva de 0,06% em julho.
“A taxa do INCC acelerou e foi outro destaque importante a contribuir para a queda menos intensa do IGP-M, sendo a mão de obra (de 0,38% para 0,71%) a principal contribuição para a aceleração deste índice”, explicou Braz.
Os dados do IGP-M foram divulgados após a leitura do IPCA-15 mais alta do que o esperado da semana passada ter indicado que a inflação brasileira já atingiu seu ponto mais baixo do ano, como era esperado.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.