O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 1,82% em janeiro, após variar 0,87% no mês anterior, informou nesta sexta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado, o índice acumula alta de 16,91% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses.
A “inflação do aluguel” fechou 2021 com alta de 17,78%. Apesar de desacelerar em 2021, o IGP-M registrou a segunda maior alta anual desde 2002, atrás somente do resultado de 2020.
O IGP-M é conhecido como ‘inflação do aluguel’ por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.
Desde 2020, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. O IBGE divulgou nesta semana que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acumula alta de 10,20% em 12 meses.
Composição do IGP-M
- O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 2,3% em janeiro, após alta de 0,95% em dezembro. As maiores pressões vieram dos bens finais (0,75%), puxado pelos bens de investimento (2,07%); bens intermediários (1,05%), puxado por materiais e componentes para a manufatura (1,33%); e matérias-primas brutas (4,95%), puxado por minério de ferro (18,26%), soja em grão (4,05%) e milho em grão (5,64%).
- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, variou 0,42% em janeiro, ante 0,84% em dezembro. A maior influência veio do grupo transportes (-0,17%), com destaque para a gasolina, cuja taxa passou de 2,24% em dezembro para -1,62% em janeiro.
- O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, ficou em 0,64%, ante 0,30% em dezembro. Os três grupos componentes subiram na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,48% para 1,05%), Serviços (0,57% para 1,28%) e Mão de Obra (0,10% para 0,14%).
“A inflação ao produtor segue espalhada. Os preços dos bens de investimento subiram 2,07%, ante 0,78%, em dezembro de 2021. Já os preços de materiais e componentes para manufatura avançaram para 1,33%, depois de subirem 0,40% no mês passado. Por fim, o minério, embalado pela escalada do preço internacional, fechou janeiro com alta de 18,26% e respondeu por 52% do resultado do Índice de Preços ao Produtor Amplo”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.