O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou uma queda de 5,1 pontos em março deste ano, quando atingiu 54,4 pontos, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo a entidade, essa foi a terceira maior queda mensal da série histórica, ficando abaixo somente dos recuos verificados em junho de 2018, consequência da paralisação dos caminhoneiros, e em abril de 2020, devido à pandemia.
Essa também foi a terceira queda seguida do indicador. Apesar disso, pela metodologia utilizada, os empresários ainda estão “confiantes”. Isso porque o índice varia de zero a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário.
“A queda expressiva na passagem de fevereiro para março nos faz um alerta. A confiança existe [pois o índice está acima de 50 pontos], mas já foi maior e está caindo rapidamente. Mostra que os empresários estão percebendo uma piora nas condições atuais dos seus negócios e nas perspectivas futuras da economia”, afirmou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
De acordo com a entidade, o índice de “condições atuais” da economia, um dos componentes do ICEI, caiu 4,3 pontos, para 48,9 pontos em março. Com isso, avaliou a CNI, o indicador mostra que o empresário “percebe piora do estado atual da economia brasileira e das empresas”.
Já o índice de expectativas, que também compõe o ICEI, recuou 5,4 pontos em março, para 57,2 pontos. Deste modo, a CNI informou que os empresários da indústria “seguem otimistas com relação aos próximos seis meses, mas houve reavaliação das expectativas, que se tornaram menos positivas”.