O Banco Central informou nesta quinta-feira (14) que o nível de atividade econômica do Brasil, medido pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), caiu 0,11% em maio deste ano na comparação com o mês anterior.
O percentual foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.
Foi o segundo mês seguido de queda do índice que mede a atividade econômica. Em abril, a queda foi de 0,64%, dado revisado nesta quarta pelo Banco Central.
O Índice de Atividade Econômica é conhecido como uma “prévia do PIB”. O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável por divulgar o resultado oficial do PIB, mas a cada trimestre, e não mensalmente, como é o IBC-Br. Também há diferenças na metodologia de cálculo (saiba mais no fim desta reportagem).
Outras comparações
Ainda segundo o Banco Central, a atividade econômica brasileira cresceu 3,74% em maio na comparação com o mesmo mês de 2021.
No acumulado deste ano, a economia, segundo o IBC-BR, avançou 2,08%. Em 12 meses, a alta registrada é de 2,66%. Os dados são sem ajuste sazonal.
PIB e IBC-Br
O IBC-Br do Banco Central é um indicador criado para tentar antecipar o PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
O cálculo é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE)
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país, a Selic. Atualmente, a taxa está 13,25% ao ano, o maior nível desde o fim 2016. Em comunicado após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central afirmou antever um novo avanço da Selic na próxima reunião, marcada para o início de agosto.